domingo, 28 de janeiro de 2018

Quem odeia o Estado? Quem odeia o Servidor Público?

Não sei se todo mundo odeia o Chris. Sei, no entanto, que todo mundo parece odiar o Estado.

E por que não deveria? Se eu tenho um ou dois milhões para investir numa boate, o Estado é aquele fiscal chato que vem me incomodar só porque eu quero esparramar meu som de cento e trinta decibéis até as quatro da madrugada, oferecendo música de graça para os vizinhos.

Se eu tenho mais milhões ainda, faço um prédio, e vem aquele bolha com um crachá dizendo que eu não posso construir cinco andares acima do gabarito pois tem um aeroporto perto.

E se em vez de milhões, tenho bilhões, o Estado é aquele intrometido que constrói um posto de vacinação que impede que mais pessoas se beneficiem das baixíssimas mensalidades do meu plano de saúde trimestral.

Por isso dizem de você, caríssima ou caríssimo: preguiçosos, vagabundos, desnecessários, trabalham pouco, paquidérmicos, etc.

Para quem tem muito, para que regulação? Quem tem Poder faz as suas regras. Ou não?

O Estado não serve. Ou serve – para quem tem pouco.

Para quem comprou com dificuldade um apartamento e precisa de silêncio para dormir.
Para quem viaja de avião e não quer que seu avião caia em manobra para evitar um prédio.
Para quem não pode gastar os caraminguás para evitar morrer de alguma infecção tola.

Para quem tem Poder, você é inútil, minha cara e meu caro. Para quem tem muito dinheiro, você é um atrapalho de vida.

Não sei se todo mundo odeia o Estado. Talvez só uns poucos o façam. Mas berram muito – ou seus bilhões berram – e parecem falar por todos.


Também não sei se todo mundo odeia o Chris.

Resposta da candidata Auzelita Granjeiro, 1877, da Rede Sustentabilidade

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